18 janeiro 2016

Amor e Solidão


"A verdadeira unidade da vida solitária é aquela em que não há divisão possível. O verdadeiro solitário não busca a si mesmo, mas perde a si mesmo. Ele esquece que há multidão a fim de se tornar todos. Portanto ele é Não-Ouvinte (individual).
Ele está afinado com todo o Ouvir do mundo, pois vive em silêncio. Ele não escuta o fundo do ser, mas se identifica com aquele fundo no qual todos os seres se ouvem e conhecem a si mesmos. Portanto, não tem mais pensamentos para si mesmo. O que é esse fundo, essa unidade? É o Amor. O paradoxo da solidão é que sua verdadeira base é o amor universal – a verdadeira solidão é a unidade indivisa do amor para a qual não há número."


Amor e vida, Thomas Merton (Editora Martins Fontes), 1ª Ed. 2004, pág. 17 e 18

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