27 novembro 2017

A esperança, contudo, é...

"... um dom. Assim como a vida, ela é um dom de Deus, um dom total, inesperado, incompreensível e imerecido. Brota do nada, inteiramente livre. Mas para encontrá-lo temos de descer ao nada. Encontramos a esperança de modo mais perfeito quando estamos despojados de nossa autoconfiança, de nossa força, quando praticamente não mais existimos. 'Uma esperança que pode ser vista' - diz São Paulo - 'não é esperança'. Não é esperança; portanto, é desespero. Ver nossa esperança é abandonar a esperança."
(Vozes, 2006) pág. 8

20 novembro 2017

No Teu próprio tempo e do Teu próprio modo

“Meu Deus, tranca-me na Tua vontade, prende-me no Teu amor e na Tua Sabedoria, atrai-me para Ti mesmo. Nunca farei coisa alguma quando a razão mais forte para fazê-la for somente minha própria satisfação. Eu desejo Tua Vontade e Teu Amor. Eu me entrego cegamente a Ti. Confio em Ti. Tu realmente me queres na solidão? Então conduze-me para lá e purifica o caminho de toda a minha vontade própria e de meus próprios desejos. Confio cegamente em Ti, qualquer que seja a escuridão, quaisquer que sejam meus temores. Conduz-me para fazer todas as coisas no Teu próprio tempo e do Teu próprio modo.”
(Fissus. 2003), pág. 43

13 novembro 2017

Fizemos o que devíamos fazer

“Para sermos perfeitos devemos ter ideias concretas e justas e fazer esforços para viver à altura das mesmas. Deve haver algumas normas e alguns padrões gerais aplicáveis a todos, servindo de ‘regras’ universais a serem seguidas por todos e cada um em sua vida particular. Tais regras jamais deverão ser pouco estimuladas ou negligenciadas. O fato de dedicarmos algumas páginas a reflexões sobre essas normas gerais e amplas, que constituem a base da doutrina espiritual, não significa uma tentativa de compor um método seguro para nos tornarmos santos. Estamos simplesmente recordando o ensinamento fundamental da Igreja sobre o caminho que leva à perfeição.”

(Herder. 1965), pág. 55

06 novembro 2017

Fome diante do banquete

“Temos fome das palavras transformadoras que nos vem de Deus, palavras ditas em segredo ao nosso espírito e portadoras de nosso inteiro destino. Acabamos por não viver de nada mais senão dessa voz. A nossa contemplação enraíza-se no mistério da Providência divina e na sua atualidade. A Providência não pode mais ser para nós uma abstração filosófica. Ela não é uma agência sobrenatural a prover-nos de roupa e mesa no devido tempo. É ela mesma que se torna alimento e vestuário nosso. A nossa vida são as próprias decisões misteriosas de Deus.”

(Verus, 2003). p. 72
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“We hunger for the transforming words of God, words spoken to our spirit in secret and containing our whole destiny in themselves. We come to live by nothing but this voice. Our contemplation is rooted in the mystery of Divine Providence, and in its actuality. Providence can no longer be for us a philosophical abstraction. It is no longer a supernatural agency to provide us with food and clothing at the right time. Providence itself becomes our food and our clothing. God’s mysterious decisions are themselves our life."
No man is an island
(Harvest Book, 1995), p.69

“Tenemos hambre de las palabras transformadoras que nos vienen de Dios, palabras dichas en secreto a nuestro espíritu y que contienen todo nuestro destino. Terminamos por no vivir más que de esa voz. Nuestra contemplación está arraigada en el misterio de la Divina Providencia y su realidad. La Providencia ya no puede ser para nosotros una abstracción filosófica. No se trata de una agencia sobrenatural que nos provee de alimento y ropa a su debido tiempo. La misma Providencia es nuestro alimento y nuestra ropa. La decisiones misteriosas de Dios son ellas mismas nuestra vida.”
Los hombres no son islas
Traducción SAFTM – Brasil