18 agosto 2008

A paz na insatisfação

“ Paradoxalmente, encontrei paz porque sempre estive insatisfeito. Meus momentos de depressão e desespero tornaram-se renovação, novos começos. Se eu tivesse me acomodado e ficado satisfeito com a superfície da vida, com suas divisões e clichês, melhor teria sido chamar logo um agente funerário… Assim, então, essa insatisfação que algumas vezes me preocupava e que certamente, bem sei, preocupava outros, ajudou-me, de fato, a mover-me livremente e até com alegria com o curso da vida. Meus protestos calados (ou falados) evitaram que me agarrasse a coisas já acabadas. Quando um pensamento termina, deixe que se vá. Quando algo foi escrito, publique-o, e vá em frente em busca de algo diferente. Você poderá dizer a mesma coisa novamente algum dia com maior profundidade. Ninguém deve se sentir compelido a ser total e perfeitamente ‘original’ em cada palavra que escreve.”

A Thomas Merton Reader, editado por Thomas P. McDonnell
(Image Books, A Division of Doubleday @ Company, Inc. Garden City, NY), 1962 p. 16
Reflexão da semana de 18-08-2008

Um pensamento para reflexão: “Tudo que importa é que o antigo seja recuperado num novo plano e transforme, a si mesmo, numa nova realidade. Isto também se afastará de você. Por isso deixe que se vá.”
A Thomas Merton Reader, Thomas Merton

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